"Bem vindos seus Diabinhos!"
Warhammer Fantasy RPG inicialmente da games workshop (1ª e 2ª ed.) e depois pela Fantasy Flight Games (3ª ed), minha edição favorita é a 2ª sistema simples, D% rolagem igual ou menor e vc acerta, basicamente isto. Mas o fantástico do jogo é a atmosfera, todas raças tradicionais tem uma abordagem diferente neste cenário: Elfos soberbos e reclusos que atiram primeiro e perguntam depois; anões rancorosos com canhões, tatuagens e moicanos, bad ass pra kct! Halflings curiosos, se metendo em confusão e cleptomania, ok isso é normal, mas eles vivem próximo a uma terra aonde vampiros reinam e são todos "primos". Warhammer possuem uma abordagem Teutônico Saxã, então ele é violento, belicoso e a magia provém do caos que é uma força que transforma o universo e provém dos pensamentos dos seres vivos e manifestam-se através de mutações e forças demoníacas. Isso é um resumo de toda potência que o jogo pode oferecer, o sistema de carreiras dão leques aos montes de inspiração para personagens!
Eu peguei estas influências e passei a lidar com a guerra e combate como coisa muito séria em minhas mesas, animosidade pode gerar guerra, guerra gera fome, pragas e aventureiros podem ganhar carreiras e postos nisso. Utilizando desta crença do caos como uma manifestação também do pensamento utilize as superstições e preconceitos como gatilho para fenômenos mágicos, entenda que o mundo pode ser cruel e a corrupção e o medo fazem parte até mesmo do mundo mais heróico e fantasioso de todos.
Lamentation of flame princess é um livro quase que integralmente de regras, mas as artes, aventuras dão um show a parte. Personagens femininas protagonizando cenas mais variadas possíveis de horror estranho e violência, temas tabus chocam de uma maneira geral, mas então por isto não devemos abordar isto em nossas mesas? Tratando com responsabilidade e maturidade podemos jogar mesas com estupro, satanismo, tortura, escravidão e temas mais adultos em geral. Esta é a proposta de LotFP, seria um D&D normal, mas utilizando-se desta temática ele se sobressai de outras OSR similares. James Edward Raggi IV é o autor da obra, e o jogo não é pra qualquer um, para alguns pode gerar incômodo participar de uma mesa com tais temas, mas se tais temas são abordados em cinema, música, literatura etc... qual o real motivo de não termos isto no RPG?
Cenário nacional de Belregard é um cenário de Dark fantasy similar ao mundo medieval pós queda do Império Romano, neste cenário a realidade e crua e cruel. As coisas costumam dar errado, deus está morto, mas dentro dos homens repousa uma natureza perversa ansiosa para acordar e corrompê-lo. O cenário de Jefferson Neves, Rafão Araújo e Pedro Borges virá (Assim que o Anésio responder!) pela new order editora para o crônicas rpg e o selo lampião game studio. Em meus estudos sobre a perversidade humana, indetifiquei neste cenário muitos dos elementos daquilo que estudo, em um primeiro momento você poderia achar que é apenas um cenário qualquer, mas há uma profunda reflexão filosófica ali principalmente no que tange a escolástica. A morte de deus e a natureza maligna do homem, Belregard é sobre isso viver em um mundo cruel e conter a natureza perversa de si que tenta emergir.
Conclusão do Bardo: Estes 3 jogos me fizeram refletir muito sobre a essência do Rpg, os horizontes possíveis e a potência imaginativa criadora. Recomendo a todos pesquisarem sobre estes jogos, utilizem elementos deles mesmo que não os joguem, quanto mais conteúdo de vários sistemas você assimila, muito mais fácil você assimila novas regras, cenários tornado-se assim um bom mestre e um bom jogador e quem sabem um bom autor de seus próprios jogos!