sábado, 30 de julho de 2016

Relato de Mesa RPG na BPE 30/07/2016

Lancei neste 21º RPG na BPE meu sistema autoral, Odú RPG, um rpg aonde os jogadores se colocam no papel de escolhidos dos orixás e vivem em um mundo aonde o mistico e o real se encontram. Utilizei como pano de fundo a lenda das águas de oxalá, um ritual muito conhecido tanto no RJ e principalmente na Bahia. A lenda pode ser visualizada no vídeo abaixo



Os jogadores montaram as fichas, como é um sistema novo demoraram mais ou menos e o desconhecimento da mitologia afro brasileira também, assim tive de imergir os jogadores com um conhecimento básico de como funciona as lendas, a questão da coletividade e o mágico sempre estar inserido na realidade mediante as noções que possuo do candomblé e de leitura. Explicado o sistema como faz e os jogadores terminando seus personagens, uma parte difícil foram os nomes. Uma futura lista de nomes Yorubás são de muita ajuda...

O começo da narrativa dera se na corte de Oyó aonde Xangô é rei e suas esposas Oyá, Obá e Oxum  e a Rainha Mãe Iemanjá estavam no salão esperando uma comitiva de Daomé para que pudessem estes seguirem em busca do Ojuobá, um sacerdote que abidicou de sua visão para ser um grande oráculo. Os jogadores criaram um guerreiro (Oxumaré), Um guarda costas da rainha obá e o caçador de pessoal também da rainha, um sacerdote a serviço de oxum e um caçador servo de Yewá. O reino passa por grande fome e catástrofes, e o Babalawó informa que fora determinado que escolhidos iriam até ojuobá para  obter respostas.Eles obtendo a resposta positiva de xangô pegam oferendas para levar para exú...

O mais caluniado e difamado dos orixás recebeu as oferendas de muito bom grado na encruzilhada e conversou com o grupo recebendo a Abóbora, búzios, Cachaça e um instrumento musical (Lira). Exú os indica a irem para um lugar muito alto aonde os olhos do rei podem enxergar longe. Eles logo notaram que seria uma montanha e rumaram para a mais alta da região e antes passaram por uma aldeia.

Na aldeia mts oferendas seria feitas, ao preço da fome da aldeia, o grupo fica sabendo que um sacerdote passaram e solicitou uma oferenda a Ogum e que esta fosse depositada no pântano, caminho até a montanha, o conselheiro do chefe, um menino ainda pouco experiente aconselhou o menino a seguir o preceito. Indagados pelo grupo o menino e o conselheiro relutam, e o sacerdote com uma jogada boa consegue ao ler os caurís saber que Ogum nada queria e exigiu o sacrifício do traidor. O conselheiro confessa que armou junto de seu irmão para pegar as oferendas e vender no mercado. Após o guarda costas personagem o executa e a aldeia fica em festa. e eles partem pro pântano com uma pedra misteriosa dada pelo líder da aldei pertencente a Xangô...

O grupo segue para o pântano em meio a escuridão e ao caminho dificultoso com lama e galhos e insetos. Os caçadores detectam a presença de algo quebrando arvores, o guerreiro do Daomé utilizando sua magia percebe que é uma serpente e inicia um diálogo com ela. A serpente intrigada como ele falava com ela os permite passar se derem uma oferenda, os jogadores informam sobre ladrão na localidade. Ela os guia até o acampamento do irmão do conselheiro, este com uma cerca encantada impedia a entrada da grande serpente. O guarda costas derruba e logo muitas serpente entram e atacam o invasor, a serpente mãe derruba a cabana revelando o ninho das cobras. As cobrias guiam o grupo até o fim do pântano e eles chegam a motanha...

Na montanha muitas cabra ali viviam, e os jogadores com esforço lembram de recados de exú e usando a pedra do líder da aldeia encontram o local aonde o oráculo vive, mas uma escalada causa grande esforço ao grupo. O sacerdote necessitou descansar, o oráculo era guardado por um guerreiro forte, e eles precisavam de oferendas ao Babalawó. O caçador de yewá retorna para caçar as cabras e com um ótimo resultado as levam até a caverna, mas na hora de escalar pra retornar, quase cai e é salvo pela intromissão do sacerdote.

O Balawó aceita de bom grado as cabras capturadas e revela o cárcere de um inocente e a praga dos céus causa ao reino de Oyo por tamanha injustiça. Exú tem o segredo sobre tudo que aconteceu. E o grupo então retorna passam pela aldeia em silêncio em respeito a ogum se limpam e comem algo, na encruzilhada novamente oferendam a cabra e dendê a exú. Ele conta sobre a fatídica ida de oxalá ao reino de oyó e seu cárcere por um crime que não cometeu, tudo por não oferendar a ele pelo seu caminho...

O retorno a corte revela o fato ao rei, que se joga ao chão e culpa seu soldado e o lhe ordena a carregar seu pai nas costas pela dor e injustiça e ele causada. Todos em prantos pela dor de Oxalá, mas este ao retornar perdoa a todos e 8 dias depois Oxoguiã envia seus cavaleiros para buscar o velho orixá...

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